sexta-feira, 25 de maio de 2012

Declinio

Era tão tarde,
o sol esfriava,
eu desejava que fosse dia de novo;
mas doer de novo não queria;
ser dia e doer,
queria não doer para ser dia.

A tarde desponta,
como uma gota na água,
e eu aqui neste silêncio,
apenas aguardando a noite,
quando soubesse que o meu incêndio,
queimava os interiores.

Era tão triste o sol indo embora,
vê-lo se despedir para a noite,
na sombra da tarde infeliz,a  tristeza vem vindo;
pior de tudo do que estar sozinho, é vê-la para mim sorrindo.

Uma lágrima que escorre, bem rápido,
aqui em meu rosto disfarço;
mas os soluços não param,
a cada queda do sol, caem mais lágrimas, não paro.

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