No edifício da alma,
eu projetei meu quarto de luzes,
onde nada o invade;
paredes sólidas e firmes,
grossas e eternas,
aqui nada passa, nada me assombra,
estou seguro dentro do meu quarto,
mas muitas vezes, me sinto encurralado;
sem poder sair,
quero poder ver o sol de novo,
imaginar mais uma vez
uma cor viva,
sem perder a sanidade.
Quero poder sentir o cheiro doce,
ao invés de inalar a fétida
fumaça do medo e terror interior;
sentir a brisa macia, do que o vendaval
violento.
Neste quarto, a janela está fechada;
talvez por segurança,
talvez por nada mesmo.
Me tranquei em mim mesmo,
sem deixar entrar ou sair qualquer um;
ah quem dera eu poder
reviver meu espirito de novo,
ah dor;
queria poder olhar o mundo colorido,
do que o triste e decaído pós guerra;
chorar com as lágrimas do coração,
é dolorido demais,
pois elas lavam por dentro,
inevitável.
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