sexta-feira, 13 de abril de 2012

Era no escuro que eu me escondia,
sumia entre as sombras de meu quarto,
ali minha fortaleza,
ali,
onde criei meu universo de luz e sombra.

Meu teatro de fantasmas e seres,
animava cada parede,
abria milhares de portas,
as janelas eram fechadas sozinhas.

Depois de cada ato, quando a cortina fechava,
eu voltava ao silêncio na cadeira,
como um boneco, ficava de cabeça baixa,
a espera de outro espetáculo.

Silenciosamente a cortina subia,
e eu via outra vez,
o meu mundo se erguer.

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