Era no escuro que eu me escondia,
sumia entre as sombras de meu quarto,
ali minha fortaleza,
ali,
onde criei meu universo de luz e sombra.
Meu teatro de fantasmas e seres,
animava cada parede,
abria milhares de portas,
as janelas eram fechadas sozinhas.
Depois de cada ato, quando a cortina fechava,
eu voltava ao silêncio na cadeira,
como um boneco, ficava de cabeça baixa,
a espera de outro espetáculo.
Silenciosamente a cortina subia,
e eu via outra vez,
o meu mundo se erguer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário