Cá estou eu;
mais velho,
mais perto da morte;
mais fraco,
mais marcado pelo tempo.
Sofrimentos, alívios,
dores, descansos,
vidas e mortes,
desesperos e esperanças;
lagrimas e alegrias;
tudo isto esteve a minha volta,
como um furacão de sentimentos negros;
qual o sentido da vida para
quem nasce, cresce e morre sem
saber o por que de vir?
Por que nasci?
Por que vivo?
Eis minha duvida mortal,
não sei o que eu faço
para me manter mais em pé,
se a vida me machuca tanto,
talvez não seja tão necessário assim;
estou tão triste hoje,
estou quase morrendo por dentro,
estou definhando,
estou em agonia,
em dores.
Queria ver a luz do sol de novo, pelos buracos do teto.
Mas como querer ver o sol à meia-noite?
É como pedir dinheiro ao poço seco,
queria parara de olhar para trás e ver que
o que já se foi, não volta, e se voltar, é para algo bom;
nada mais é bom antes,
durante, ou depois,
vivo num caminho de pedras,
todas elas pontudas e machucam meus pés;
olhar pra frente não quer dizer nada,
é só enchergar a caminhada
ainda mais longa,
ainda mais pesada,
ainda mais solitária.
Oh cansaço pesado, soa em mim um
ponto de dor,
onde dói mais e mais
forte,
quero arrancá-lo de vez,
e prosseguir,
queria por um dia
ser feliz;
mas sou perseguido pelos piores
crimes, por meus sentimentos
acusadores;
sou aquela primavera
que não vai chegar mais,
sou o nada para todos,
em tudo, me fiz nada.
Se for assim, nada valeu a pena!
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