sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

O Fim de Um Atormentado!


Talvez eu não esteja para o jantar...
os policiais estão juntando meus restos da cena de horror que se desenrola,
está tão frio este chão,
todos, estão fazendo um grande barulho,
ninguém se silencia,
ouço soluços; é da mulher do vizinho, por que está chorando?!
Estou tão dolorido, acho que eu não aguentei desta vez,
claro, eu puxei o gatilho,
não foi como cortar os pulsos, ou tomar cloro puro,
desta vez eu fiz algo rápido;
mas, não entendo,
estão todos tão distantes e ao mesmo tempo tão perto,
os policiais limpam o local onde caí;
posso ver os policiais virando o rosto; não aguentam ver meus olhos que agora se fixam no vazio profundo e sem fim,
minha expressão de que não sinto dor alguma os assusta,
meu corpo gelado e o sangue que se espalha por quase todo o canto, 
eles também sentem um pouco de repulsa quando
juntam os restos de minha cabeça, que se espalharam,
que cena horrível,
alguns murmuram que já me viram em algum lugar,
me descreviam com quieto, deprimido,
feição infeliz e desanimado;
de fato eu era,
mas agora não sinto nada por completo.
Alguns dizem que fui terrivelmente assolado por "demônios"
que não me deixaram em paz dia e noite;
outros que eu deveria ter me tratado, mas agora é tarde;
estou deitado neste chão frio, ensaguentado, espalhado pela sala; com um tiro na cabeça...
o meu fim chegou. 
Alguém vai sentir minha falta?

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