Vou esperar com paciência o degelo de minha morte;
desatarei os cordões de meus sapatos,
deitarei em minha terra,
e ali mesmo dormirei, no eterno silêncio do esquecimento,
não terei lembrança alguma, não serei lembrado jamais,
assim seja,
no esquecimento,
na chuva que lavará meu corpo,
quero que leve junto cada sentimento que tive;
quero que os enterre.
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